A geração que “Verá” a volta de Cristo

Sempre me pareceu estranho que o teólogo reformado R. C. Sproul começasse sua defesa do Preterismo moderado (do qual ele declaradamente é um dos adeptos) com uma citação do famigerado filósofo cético e ateu Bertrand Russell. Em seu livro The Last Days According to Jesus1 [Os Últimos Dias Segundo Jesus], Sproul parecia tentar agradar a Russell e seus seguidores com uma resposta à questão que Russel levantara sobre a divindade de Cristo. Ele tentou fazer com que a expressão “não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (Mt 24.33-34), se referisse à geração dos discípulos, alguns dos quais ainda eram vivos quando o exército romano (não o Anticristo, como mostra a profecia) destruiu a cidade de Jerusalém no ano 70 d.C.

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O cristão e a Lei Áurea: Entre a liberdade e a escravidão – Parte VII – Lei Moral e Lei de Ordenanças

(Continuação da parte VI)

O cristão e a Lei Áurea: Entre a liberdade e a escravidão – Parte VII – Lei Moral e Lei de Ordenanças

a) Lei moral e Lei de ordenanças – A Lei Mosaica geralmente é dividida em três partes: Lei Moral (10 mandamentos), Lei Civil (regula a sociedade e detalham os 10 mandamentos) e Lei Cerimonial (religiosa). A Bíblia, no entanto, não faz qualquer divisão, sempre a tratando como ‘A Lei’. Assim como qualquer constituição de leis, a Lei Mosaica é um compêndio de leis que possui caráter moral, já que toda lei pressupõe obediência. Veja aqui os 613 mandamentos da Lei de Moisés.

Todos concordam que as Leis Civil e Cerimonial se encerraram em Cristo, mas nem todos concordam que o mesmo tenha ocorrido com a Lei Moral. Para alguns, os 10 mandamentos continuam em vigor (inclusive a guarda do sábado); para outros, somente 9 mandamentos continuam valendo (o sábado foi abolido, substituído pelo dia de domingo, chamado de Dia do Senhor – o dia da ressurreição); e para outros, toda a Lei Moral também se encerra na cruz. Afinal de contas, o que significa de fato o sacrifício único, perfeito e eficaz de Jesus na cruz do calvário?

O cristão e a Lei Áurea: Entre a liberdade e a escravidão – Parte VI – Guardar o sábado ou o domingo?

(Continuação da parte V)

O cristão e a Lei Áurea: Entre a liberdade e a escravidão – Parte VI – Guardar o sábado ou o domingo?

a) A santificação e guarda do sábado – A Lei previa a guarda do sábado PARA OS ISRAELITAS, que se iniciava ao anoitecer da sexta-feira indo até ao anoitecer do sábado (o sábado judaico), portanto diferente da contagem feita em nosso calendário e relógio, cujo dia se inicia a 00:00h (zero hora, ou meia-noite). Os defensores da guarda do sábado (denominados sabatistas) alegam que tal ordenança é anterior a Lei Mosaica, tendo sido estabelecida por Deus na criação do mundo, conforme descrito em Gênesis 2. Entretanto, quando analisamos os argumentos dos sabatistas, verificamos que recorrem à Lei para mostrar como uma pessoa deve se comportar durante o sábado, usando as instruções da Lei Mosaica para dizer o que se pode ou não se pode fazer. Ou seja, ainda que defendam a instituição da guarda do sábado como anterior à Lei, é na Lei que fundamentam sua observância prática (o que pode ou não fazer). A posição oficial da IASD (Igreja Adventista do Sétimo Dia) pode ser verificada aqui .

b) A santificação e guarda do domingo – A grande maioria dos cristãos adotou o domingo como o ‘dia do descanso’ (também chamado de ‘sábado cristão’), entendendo que a guarda do sábado é ordenança da Lei que se encerra em Cristo, e que a igreja primitiva começara a se reunir no primeiro dia da semana, o domingo, o dia da ressurreição, conforme Marcos 16:9, Atos 20:7, 1Coríntios 16:2 e Apocalipse 1:10. Contudo, ao longo da história se percebe que o domingo acabou se transformando de fato no ‘sábado cristão’, um dia cheio de formalismos e obrigações começando pela obrigatoriedade de se comparecer na ‘casa de Deus’, a igreja de pedra, onde, na prática, se diz habitar Deus, sendo considerado ‘pecado capital’ deixar de ali comparecer (quando digo ‘pecado capital’ me refiro à prática bastante comum de se excluir do rol de membros o ausente contumaz). O domingo se transformou no dia de ‘culto ao Senhor’, e este culto foi sendo revestido de uma série de formalidades, ordenanças, regras, doutrinas, usos e costumes tão escravizantes quanto o sábado judaico, já que deixar de cumprir qualquer dos preceitos estabelecidos caracterizaria desobediência à lei denominacional.

O cristão e a Lei Áurea: Entre a liberdade e a escravidão – Parte V – As bênçãos e maldições de Malaquias 3 e Deuteronômio 28

(Continuação da parte IV)

O cristão e a Lei Áurea: Entre a liberdade e a escravidão – Parte V – As bênçãos e maldições de Malaquias 3 e Deuteronômio 28

a) Malaquias capítulo 3: O dízimo e o devorador – “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação [ISRAEL]. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro [TEMPLO EM JERUSALÉM], para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra [PLANTAÇÕES]; e a vossa vide no campo [VIDEIRA] não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos” (Malaquias 3:8-11).

Diante de tudo o que foi dito anteriormente, parece bastante claro que o texto de Malaquias capítulo 3 está falando de dízimos COMO ORDENANÇA DA LEI – ordenança dada AOS ISRAELITAS (JUDEUS) -, coisa facilmente comprovada verificando os destinatários do livro do profeta no cap. 1:1: “Uma advertência: a palavra do Senhor contra Israel, por meio de Malaquias”; e também no cap. 3:4: “Então as ofertas de Judá e de Jerusalém serão agradáveis ao Senhor, como nos dias passados, como nos tempos antigos”. Ora, as cartas do apóstolo Paulo foram endereçadas às igrejas gentílicas, e isso é facilmente compreendido nos dois primeiros versículos de cada carta onde aparecem os destinatários. Se Paulo escreveu para as igrejas gentílicas, o que judeus-não-cristãos (não convertidos a Cristo) em Judá e em Jerusalém teriam a haver com ela? Nada. Absolutamente nada. Ora, ora, se o livro de Malaquias foi endereçado à nação de Israel, e a Judá e Jerusalém – a judeus que viveram antes de Jesus e ANTES DA NOVA ALIANÇA ter sido estabelecida -, o que a igreja gentílica teria a haver com ela? Nada. Absolutamente nada. E isso pode ser facilmente compreendido em Hebreus 7:12: “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei”. Ora, se houve mudança da Lei, porque ainda há quem insista pregar a ANTIGA LEI de Malaquias 3?

Vejam que interessante: A mensagem do profeta Malaquias sequer serve para os judeus atuais, pois o templo foi destruído e os serviços religiosos interrompidos. E serviria para a igreja gentílica? Que contraditório!

O cristão e a Lei Áurea: Entre a liberdade e a escravidão – Parte IV – Dízimo e ofertas no Novo Testamento

(Continuação da parte III)

O cristão e a Lei Áurea: Entre a liberdade e a escravidão – Parte IV – Dízimo e ofertas no Novo Testamento

a) O dízimo no Novo Testamento da Bíblia – A história da igreja tem seu início no Dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo foi enviado dos céus e desceu sobre os irmãos reunidos no Cenáculo (Atos 2). Biblicamente, dentro do cânon do Novo Testamento, a história da igreja se inicia em Atos e termina em Apocalipse. Com exceção da Carta aos Hebreus (que foi endereçada aos judeus, cuja finalidade é demonstrar a superioridade do sacerdócio de Cristo e do novo pacto (Nova Aliança) sobre o antigo pacto (Antiga Aliança) discorrendo sobre a Lei), DO LIVRO DE ATOS ATÉ O LIVRO DE APOCALIPSE NÃO ENCONTRAMOS A PALAVRA ‘DÍZIMO’. Encontramos, sim, alguns textos que falam sobre doação e recolhimento de dinheiro, mas sempre em forma de OFERTAS.

b) Como a igreja primitiva contribuía financeiramente – Segundo a Lei, os dízimos DOS JUDEUS eram entregues no templo em Jerusalém e serviam para o sustento da tribo de Levi. O templo foi destruído no ano 70 d.C., sendo que os apóstolos Pedro e Paulo morreram por volta de 64 e 67 d.C. (segundo a tradição), portanto antes do templo ter sido destruído. A igreja teve início no Dia de Pentecostes, 50 dias após a páscoa e 10 dias após Jesus ter subido aos céus, quando o Espírito Santo desceu sobre os irmãos reunidos no Cenáculo. Pelo menos durante algum tempo os apóstolos e outros irmãos judeus que estavam em Jerusalém continuaram a frequentar o templo, conforme verificamos em Atos 2:46; 3:1; 5:20,21,42. Isso não significa que eles tenham continuado com as práticas da Lei (como os sacrifícios, por exemplo), mas demonstra que em certos aspectos a cultura judaica, que é profundamente religiosa e nacionalista, ainda estava arraigada neles. Esse comportamento judaico-legalista fica muito claro nas cartas de Paulo, que combate veementemente a judaização do evangelho. O próprio apóstolo Pedro relata a experiência da visão do lençol que descia do céu cheio de animais impuros, SEGUNDO A LEI, e que ele se recusava a comer POR OBEDIÊNCIA À LEI (Atos 11). Num outro momento, Pedro seria repreendido por Paulo por comportar-se como judeu CUMPRIDOR DA LEI, recusando-se a comer junto com gentios, tendo se juntado a ele, neste COMPORTAMENTO REPROVÁVEL, outros judeus cristãos e até Barnabé (Gálatas 2). Foi comentando este episódio que Paulo escreveu um dos argumentos mais esclarecedores do Novo Testamento: “Quando vi que não estavam andando de acordo com a verdade do evangelho, declarei a Pedro, diante de todos: “Você é judeu, mas vive como gentio e não como judeu. Portanto, como pode obrigar gentios a viverem como judeus? [OBRIGÁ-LOS A CUMPRIREM A LEI] “Nós, judeus de nascimento e não ‘gentios pecadores’, sabemos que ninguém é justificado pela prática da lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pela prática da lei, porque pela prática da lei ninguém será justificado” (Gálatas 2:14-16). Assim, os irmãos judeus se reuniam ‘de casa em casa’, mas continuaram a frequentar o templo no horário das orações (SEGUNDO A LEI), se reunindo em algum dos pórticos com a finalidade de falar ao povo sobre Jesus (Atos 5:20,21,42), visto que o templo era o principal lugar de ajuntamento dos judeus.

O cristão e a Lei Áurea: Entre a liberdade e a escravidão – Parte III – Jesus e a Lei – Nós, a igreja gentílica

(Continuação da parte II)

O cristão e a Lei Áurea: Entre a liberdade e a escravidão – Parte III – Jesus e a Lei – Nós, a igreja gentílica

Algumas outras coisas também precisam ser esclarecidas:

a) Jesus viveu no tempo da Lei – Jesus cumpriu a Lei porque viveu debaixo da Lei COMO JUDEU que era, tendo vindo a este mundo exatamente para cumpri-la, sendo este o propósito de sua existência. A efetiva manifestação da Graça não ocorreu no seu nascimento, mas sim na sua morte na cruz (onde a justiça foi satisfeita), tendo ali estabelecido a NOVA ALIANÇA, quando seu sangue – o sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo – foi derramado em SACRIFÍCIO único, perfeito e eficaz. Portanto o uso de textos dos evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) para defender a obrigatoriedade ou permanência do dízimo nos dias de hoje é totalmente contraditório, simplesmente porque tais textos relatam a vida de Jesus SOB A LEI, ainda não tendo estabelecido a NOVA ALIANÇA. Logo, se a Nova Aliança ainda não havia sido estabelecida, a Antiga Aliança da Lei ainda estava em vigor e o dízimo era devido aos levitas, sendo entregue no templo, como fora ordenado.

O fato de Jesus ter declarado que teria vindo não para abolir a Lei (mas para cumpri-la) e de que jamais cairia um til da Lei, tais afirmativas fazem todo sentido para quem continua vivendo debaixo da Lei (como os judeus, por exemplo), isto é, para quem não crê em Jesus como o Cordeiro de Deus, que foi oferecido de uma vez por todas como propiciação pelo pecado (Hebreus 10:14). Jesus é o fim da Lei para quem nEle crer, isto é, para quem recebe o indulto da Graça, que cancela a cédula de dívida que consistia em ordenanças e que nos acusava, isto é, a Lei.

Ministerio Carvalhos de Justica

O Senhor tem nos usado para levar as pessoas o conhecimento daquilo que muitas vezes está oculto dentro de nós, desgastando nossa energia e alimentando sentimentos que destroem nossa alma dificultando o agir de Deus em nossas vidas.

Através da compreensão dos inúmeros malefícios que uma alma em conflito pode ter, gostaríamos de compartilhar e ao mesmo tempo ministrar tantas pessoas que assim como nós buscam uma palavra de cura e libertação para suas vidas.

Ao Senhor damos graças pela oportunidade de ter nos unido e juntos podermos levar esperança a tantas almas feridas.

A lei da semeadura

Texto: Salmos 126:6

Colhemos o que plantamos
O que nós plantamos vai voltar para nós e nos tornamos o que nós praticamos.
– Gálatas 6:7 “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”.
– Provérbios 11:18b “…mas, para o que semeia justiça, haverá galardão certo”
– Provérbios 22:8ª “O que semear a perversidade segará males;…”.

Colhemos segundo a medida que semeamos
A medida ou a substância do nosso plantio será a medida ou a substância da nossa colheita.

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