Imagino, às vezes, quantos cristãos param para refletir sobre o quanto é estranho que crucifixos sejam usados como objetos de arte. Crucifixos adornam igrejas, pinturas clássicas, escultura e até jóias. Pense por um momento o que o crucifixo era originalmente. Era uma forma de execução. Na verdade, era, e ainda é, uns dos meios mais medonhos de execução já inventado pelo homem. Tão terrível que era reservado para o mais baixo dos baixos: escravos, piratas e rebeldes. Cidadãos romanos eram isentos. Romanos cultos consideravam um assunto indigno de ser tratado em uma conversa educada. Apesar disso, hoje usamos esse símbolo de morte degradante e humilhante em volta dos nossos pescoços. A natureza chocante disso não é imediatamente aparente para nós porque, com o tempo, o símbolo da cruz perdeu muito das suas conotações originais. Para ter uma ideia da esquisitice, imaginem pessoas usando colares com pingentes de guilhotina ou uma cadeira elétrica.
O que aconteceu, então, que explica essa mudança? Nós sabemos que Jesus foi morto numa cruz romana, mas o que há na morte dele que transformou o símbolo de horror num símbolo de esperança?
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