O cristão e a Lei Áurea: Entre a liberdade e a escravidão – Parte I

Todo brasileiro compreende a eficácia da Lei Áurea, sancionada em 13 de maio de 1888 pela princesa Isabel e que acabou com a escravidão no Brasil, libertando todos que estavam escravizados e proibindo a escravidão. A partir daquela data, toda pessoa que estivesse na condição de escravo passou a ter o direito de ir e vir, deixando de ter sobre si um dono escravizador, ficando desobrigada de cumprir ordenanças e regras que regulavam a relação dono-escravizador x escravo, simplesmente porque a Lei Áurea, ao promulgar a liberdade, fez com que tais ordenanças e regras perdessem a validade.

Contudo, é interessante como os cristãos não conseguem compreender a eficácia da ‘Lei Áurea’ sancionada por Cristo Jesus na cruz do calvário, assinada com seu próprio sangue e promulgada na sua ressurreição, abolindo (anulando) a ‘lei da escravidão’ que consistia numa série de ordenanças e regras que apontava e condenava o pecado, conduzindo à morte o trangressor-pecador-escravo.

Observação de praticas do Antigo Testamento quanto aos sacrifícios, ao vestuário e a hábitos alimentares

Dizer que os cristãos atualmente são obrigados a observar ou praticar algumas regras do Antigo Testamento quanto aos sacrifícios, ao uso de vestuário e mesmo a hábitos alimentares, constitui-se em um erro gravíssimo de interpretação bíblica, principalmente pelo fato de que esse tipo de interprete não considerou o contexto histórico-cultural ao tentar interpretar a Palavra de Deus.