Recentemente vi uma foto, em um aplicativo chamado Pinterest, de um rapaz de cabeça raspada e sem camisa que bradava em direção ao céu. O que me chamou a atenção é que em seu peito trazia escrito God is gay, ou Deus é gay. A imagem me causou espécie, claro. Mas, desde então, me pus a refletir sobre ela.
Muitos procuram no Estado uma espécie de reconhecimento. Seja pela obtenção de direitos políticos ou pela sanção dos poderes constituídos, desejam autenticar a sua existência. Essa ânsia de reconhecimento existe, claramente, nos grupos mais diversos, inclusive na própria igreja dos nossos tempos. Queremos bíblias expostas em praças e na entrada de prédios públicos, sabe-se lá por que — como se isso tivesse algum valor. Não tem. Mas muitos percebem a exposição de objetos de cunho religioso em lugares públicos como um tipo de avanço do Evangelho. Só que não é.