O diabo é um pregador. Do terceiro capítulo da Bíblia em diante, ele está abrindo a Palavra de Deus para as pessoas, procurando interpretá-la, aplicá-la, para oferecer um convite. A velha Serpente do Éden vai em direção à primeira mulher não como uma fumaça negra e símbolos ocultos, mas com a Palavra que ela recebeu do Deus dela – com a peculiar interpretação distorcida da serpente. Em todo o restante dos livros da Bíblia ele faz o mesmo, implicita ou explicitamente.
Em todo o Velho Testamento, ele prega a paz – assim como fazem os anjos de Belém – só que ele faz quando não há paz. Ele aponta a povo de Deus para os detalhes da adoração ordenada por Deus – sacrifícios, ofertas e dias de festa – apenas sem os preeminentes mandamentos de amor, justiça e misericórdia. Satanás até prega a Deus – sobre os próprios motivos necessários para um discipulado piedoso por parte dos servos de Deus.
No Novo Testamento, a ilusão satânica leva os escribas, fariseus, e saduceus a olhar atentamente e constantemente os textos bíblicos, mas esquecendo que eles apontam para Jesus Cristo. Eles chegam à conclusões que têm fundamentos parcialmente bíblicos – as mensagens do diabo são sempre expositivas; eles apenas evitam Jesus intencionalmente.
Assim, os escarnecedores se sentiram completamente a vontade perguntando como um homem que veio de Nazaré poderia ser o Messias, quando o Rei viria Belém. Eles se questionam como o Filho do Homem pôde ser crucificado quando a Bíblia diz que ele vive para sempre. Quando Jesus diz que aqueles que o seguem devem comer o seu corpo e beber o seu sangue, há uma pouca dúvida que o Inimigo estava lá para apontar para as multidões sobre a proibição de Levítico acerca do consumo de sangue humano. Quando a multidão inspirada por Satanás crucificou Jesus, eles fizeram isso apontando para textos bíblicos que falavam sobre a execução de blasfemadores e insurgentes (Deuteronômio 21).