A Internet é tão persistente quanto potente, uma presença indelével e incontida na cultura. De fato, a Internet nem está separada em absoluto da cultura; é a cultura. Todo o lixo, refugo e dejetos de nossa sociedade ali encontra o seu espaço, e a menor das obsessões encontra ali o seu nicho, juntamente com Bach, obras caritativas e pôres-do-sol. A Internet permite que um milhão de flores desabrochem, bem como um milhão de ervas daninhas.–Javier, Herron, & Primavera, 1998.
O dia havia sido longo e agitado, mas finalmente Jerry estava sozinho no seu escritório em casa. Estava bastante cansado após oito horas de infindáveis reuniões na Igreja. Ao mesmo tempo estava contente pelo que vinha conseguindo realizar. Seu grupo de jovens estava aumentando, e a congregação lhe dera muitos tapinhas nas costas. O sentimento geral era de que Jerry–o líder de jovens em sua igreja–estava fazendo uma diferença positiva com os jovens. Ele se sentia bem com isso.
Jerry atirou o paletó sobre uma poltrona num canto e acomodou-se diante de seu computador para desfrutar uns poucos minutos “só dele”. Após alguns cliques–ali estavam suas amigas: mulheres posando eroticamente, pessoas tendo sexo das formas mais esquisitas. Ele partia de um site da Internet para outro como que hipnotizado. A luz de mensagens de seu telefone piscava e uma pilha de cartas aguardavam sua atenção, mas ele não conseguia afastar-se do computador.
Todos os amigos de Jerry imaginavam que ele era o exemplo do sucesso. Em seus 30 e poucos anos tinha uma bela esposa, duas filhas pequenas e um lar confortável. Qualquer fotógrafo teria orgulho de exibir uma foto da família de Jerry em seu estúdio. Profissionalmente, Jerry estava em alta demanda como orador por toda a região e mesmo pelo estado.