Por que Deus, às vezes, deixa o ímpio prosperar mais do que o justo?

Essa não é uma pergunta nova. É uma pergunta bem antiga, aliás, porque é justamente sobre esse tipo de indagação aflita que o salmista Asafe escreveu o Salmo 73. Asafe observava os ímpios ao seu redor, as pessoas más, os homens violentos, os corruptos dissimulados à sua volta, e notava que todos prosperavam, enriqueciam, pareciam não ter problemas, não passar por provações, não atravessar tribulações, enquanto ele — que procurava servir a Deus, que frequentava o templo, que oferecia regularmente seus sacrifícios, que procura ser sempre justo em suas palavras e ações, que se esforçava para levar uma vida reta, ter uma conduta digna, o coração purificado e a mente voltada para as coisas santas — vivia enfrentando dificuldades, lidando com adversidades, suportando momentos de enfermidades, conflitos familiares, carências financeiras, perdas dolorosas, perseguições, abandono e solidão.