As heresias de Sarah Sheva

Manoel Dc
Lembrei desse texto que escrevi em 1996 quando ontem li um post aqui no Genizah sobre as heresias da irmã Sara Sheeva, que obras meritórias são aceitas na Bíblia, quando afirma que existe graus de moradia no céu, dependendo se alguém pecou muito ou pouco ou vai morar numa quitinete, ou numa mansão.
Naquela época, Sara Sheeva foi convidada pelo pastor da igreja presbiteriana da qual era pastor auxiliar. Ela falou em dois cultos, no sábado e na segunda-feira.
Escrevi o texto original intitulado Os ErrosTeológicos de Sara Sheeva, impelido pela indignação com tanta heresia proferida por uma só pessoas num espaço de tempo tão curto. A igreja estava lotada de jovens e de muitas famílias de um modo geral, e enquanto ela falava, eu estremecia no meu lugar, morrendo de vergonha diante de tanta asneiras. Depois que escrevi essas notas, entreguei uma cópia na mão do pastor titular a igreja.
1. No culto, quando se prega com unção, as crianças são atormentadas por demônios e atrapalham a mensagem.
– Sheeva declarou que os demônios fazem caretas e fustigam as crianças durante os sermões, oprimindo-as para atrapalhar certas “verdades” que são ditas. Não creio que nossos filhos, frutos de um casamento feito no Senhor, entre duas pessoas lavadas no sangue de Jesus, que tidos seguramente como filhos da Promessa e incluídos no Pacto do Sangue do Cordeiro (At2:39), sejam portas abertas para serem fustigados por demônios. Não e não!
– Não que os filhos de crentes, por serem incluídos no Pacto da Graça são salvos automaticamente. Eles precisarão decidir por si mesmos fazendo sua pública profissão de fé e entregarem suas vidas a Jesus para serem salvos, mas por outro lado, a inclusão no Pacto lhes garante total proteção contra as investidas do inimigo. Se assim não fosse, eles não seriam considerados por Deus santos e puros através do convívio dos pais convertidos (ICo7:14).
– Jesus incluiu as crianças no Reino, e de forma alegre e amorosa as acolheu em Seus braços (Mt19:14).
– Precisamos, mais do nunca que a Igreja produza uma mensagem de paz e esperança que alimente nossa fé e traga segurança às nossas famílias!
Um tempo atrás foi dito em nossa igreja num congresso por outra mulher palestrante “especializada” em educação infantil, que ficava alegre e orava para Deus dar muitas crianças endemoninhadas para que os professores incrédulos atestassem que crianças podiam ficar endemoninhadas!
Mais uma vez a “unção” foi mais importante do que a VERDADE!
2. O pecado original foi o sexo.
Nós sabemos há muito, que não existe a mais remota possibilidade do pecado de nossos primeiros pais ter acontecido porque Adão desviou sua atenção de Deus para sucumbir aos encantos de Eva! e que por causa disso ele preferiu a mulher do que a Deus.
Nossa irmã precisaria freqüentar uma Escola Bíblica com o mínimo de conteúdo para saber que esse assunto do pecado original já foi definido teologicamente há vários séculos. O pecado original foi a desobediência moral, um desvio, um erro, uma obstinação de se viver fora da vontade Deus, e não o sexo, como asseverou Sheeva, porque Deus criou o sexo para desfrute do casal e para seu pleno bem-estar.
Bem antes da queda moral, o homem já se esquentava em sua “costela”, usufruindo o sexo em toda sua pujança e intensidade.
Deus disse ao primeiro casal: ”Sede fecundos, multiplicai-vos..!” (Gn1:28).
3. Para ser totalmente livre, é preciso se desfazer das maldições hereditárias.
= Imagino como os homens do passado conseguiram atingir um grau de santidade e intimidade com Deus sem passar pelos processos de “descarrego” que são adotados por muitas igrejas em nossos dias em “encontros” e “fins-de-semanas vitoriosos”.
= Penso que muitos dos modismos de hoje são diretamente influenciados pela psicologia moderna, quando esta deveria ser apenas uma ferramenta para ajudar no processo de libertação que acontece no íntimo, quando a fé, a Palavra de Deus e a oração são devidamente aplicadas.
= Penso também que muitos dos modos de abordagem na área de libertação são verdadeiras ofensas ao sacrifício eterno de Jesus na cruz do Calvário, que depois do “Está consumado!” nada mais é preciso acrescentar à salvação e à santificação, posição segura que leva o pecador, a partir de uma entrega sincera, a obter uma vida nova, tendo suas dívidas passadas canceladas total e imediatamente (Cl2:14) e podendo assim, desfrutar a partir dessa entrega, de uma nova vida liberta dos fantasmas do passado (2Co5:17). Mesmo porque a Bíblia fala que “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho, A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.” (Ezequiel 18, 20).
Alguns autores que leio, como Jay Adams, David Sedmans, John White e Neil Anderson são psicólogos cristãos e autores equilibrados que escrevem sobre aconselhamento cristão com base nas Escrituras.
Todos eles entendem que existem marcas e traumas emocionais que precisam ser detectados e tratados pela oração e pela ministração da Palavra de Deus (ou pela aplicação de tratamento psicológico).
Que podem existir ”maldições” psicológicas (não hereditárias), marcas emocionais profundas que podem levar alguém a ter uma auto imagem negativa e esmagadora levando a uma vida destruída e improdutiva.
Afirmam esses conselheiros, que aqueles que se envolveram com demônios, que fizeram pactos com as trevas necessitam renunciar verbalmente pactos e envolvimentos, tudo isso é verdade e pode ser aplicado no aconselhamento.
Sheea, no entanto, afirmou que se alguém não escrever detalhadamente em uma lista de confissão todos os seus atos de impureza sexual do passado e descrever detalhadamente os traços fisionômicos das pessoas que se envolveu impuramente, e se esquecer de uma delas, ou mesmo de um detalhe sequer, os demônios irão requerer de mim essa pessoa e eu jamais terei paz nem prosperidade!
Aí vocês hão de concordar comigo: Aí já é “forçar a barra!
Esse evangelho é por demais condicional, limitado e frágil! E não é nem de longe o Evangelho da liberdade e não é o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
4. Quando eu falo, ninguém deve questionar!
Isso é interpretar o texto bíblico por experiência subjetiva e particular e não dentro dos padrões universais da hermenêutica e da exegese bíblicas.
Sheeva emitiu frases de efeito como:“Essa verdade eu recebi por revelação direta do Espírito Santo no meu quarto de oração”ou: “Quando eu falo, ninguém pode questionar, porque é Deus quem está falando”
Mas não é um “barato”? Eu não vou mais ter que malhar, estudar as línguas originais, suar a camisa estudando interpretação bíblica, me enfronhar no estudo sério das Escrituras, porque eu vou mamar tudo isso direto da mamadeira da “mãe” Sheva, sem questionamento algum. Isso não é lindo? (estou sendo irônico).
Creio que existem princípios preciosos que a igreja jamais deve abrir mão e um deles é o estudo sistemático da Palavra. Nada pode substituir isto. É por isso que os pastores devem se afadigar na Palavra e se ater exclusivamente à Palavra e à oração para o rebanho não se corromper (Pv29:18) e para a igreja não ser facilmente enganada.
A maioria das pessoas ali, ficou intimidada, acuada, com medo de rejeitar a palavra proferida, pois quem pode ir de encontro a alguém que diz “receber a revelação diretamente do Espírito Santo?”
Mas a Bíblia diz que diante de toda palavra proferida, somos autorizados a julgar toda profecia que for dita (1Co14:29) e a provar os espíritos (1Jo4:1). Só que nada disso foi dito, e todo mundo engoliu as baboseiras ditas como “Palavra de Deus”.
Sei bem que porcarias são muito mais assimiladas na mente das pessoas do que o incentivo o estudo sério das Escrituras e o conhecimento de doutrina.
Por fim, precisamos pedir a sabedoria e a nobreza dos crentes de Beréia que ao ouvir, nada mais e nada menos do que o apóstolo Paulo, foram conferir nas Escrituras Sagradas se de fato as coisas eram assim (At17:11).
5. Os casais da igreja casados, podem ter casado errado.
Essa foi uma das mais terríveis. A irmã Sara Sheva disse que satanás pode enganar casais fazendo casamentos errados e que as pessoas “encalhadas” não são as que nunca casaram, mas sim, aqueles que casaram errado, encalhadas por não poderem exercer o ministério que Deus tem pra eles.
Disse também que se alguém casou errado, vai ter que orar e esperar para o parceiro errado morrer para depois, casar certo.
A maioria dos presentes que estavam ali não tinham base bíblica, conhecimento nem vivência suficiente para entender que a Igreja Cristã aceita, como ordenação divina todo casamento civil mesmo não sendo realizado no âmbito evangélico e não os consideram errados ou obra dos demônios.
No caso de casamentos destroçados temos o dever de restaurar esses casamentos problemáticos através do aconselhamento bíblico, do confronto salutar e de aplicação da oração e disciplinas espirituais que possam ajudar os cônjuges.
Agora, imagine quem já está “encalhado” no casamento, pensando em desistir de tudo e agora ouvir em um culto na Igreja Presbiteriana que ele pode ter casado errado e pode orar pra Deus “levar” o cônjuge errado! Não é só um “pezinho” para correrem para o divórcio e loucuras mil, para depois procurarem a “pessoa certa” e o “casamento certo?”
E mais, a “profetiza” Sheva proferiu uma doutrina prá lá de exdrúxula sobre pecado sexual, união sexual ilícita, e impureza dos jovens no namoro, se utilizando de complicadas e controvertidas teorias da física quântica. Isso mesmo!
Não era muito mais simples explicar a relação sexual ilícita como sendo uma brecha na mente, e o resultado de um processo gradual de afastamento da comunhão com Deus, cultivando desejos do coração, imbuídos pela própria cobiça e pela sedução que leva inevitavelmente à consumação do pecado (Tg1:15)?
Seria o esperado, ao invés de se utilizar da loucura fantasiosa de que em cada pessoa que está em pecado, revela um campo eletromagnético que quando fotografado, mostra buracos pelos quais os demônios tem acesso e os cães sendo sensíveis, detectam isso, latindo desesperadamente? (risos).
6. Para a unção de Deus se manifestar, não fique de braços cruzados, nem reprima o choro, pois Deus se manifesta quando você chora.
Isso é induzir à emoção e à prática de costumes supersticiosos no conteúdo da mensagem cristã.
Foi dito que para receber a benção e ter uma experiência real de quebrantamento é INPRESCINDIVEL chorar e não reprimir o choro. Que para receber a benção não pode estar de braços cruzados. Que é preciso ficar com os brancos erguidos, as mãos abertas, viradas pra cima, senão a benção cai.
Já ouvi falar de costumes parecidos na macumba, mas na Igreja Evangélica…
Conclusão
Você pode perguntar o porque desse documento.
Primeiramente, É POR CAUSA DA IGREJA DE CRISTO. Porque penso que se nós negligenciarmos a sã doutrina, como algo de somenos importância, pereceremos todos. E só uma questão de tempo. Sinto que os valores tem sido trocados paulatinamente. A experiência tem mais importância que a doutrina, o “testemunho chocante” mais valorizado que as verdades que afirmamos acreditar e viver por elas.
Em segundo lugar, É por causa também de que penso TER UMA ATITUDE PASTORAL e um zelo pelo povo de Deus que está dividido em mil opiniões doutrinárias e heresias sutis. Isso me indigna por demais. O fim-de-semana passado faz-me perder o sono e me encontrar até doente.
Precisaríamos ser mais zelosos na defesa da doutrina bíblica. Senão brevemente seremos outra coisa e não uma Igreja de Cristo.
Bom seria se pudéssemos como igreja, coexistir com dois ingredientes essenciais que Jesus prescreveu para a saúde da igreja: de um lado, o pleno conhecimento da Verdade e o compromisso com as Escrituras e do outro, o poder de Deus e o exercício salutar do poder de Deus e dos dons espirituais. Se tivermos cumprindo isso, jamais penderemos para o erro (“Errais“ – sermos induzidos ao erro, cairmos na aceitação passiva de heresias – Mt22:29). E se nos esforçássemos por guardar (entesourar) a Palavra de Deus no coração, para não pecar (errar o alvo) contra Deus (Sl119;11), a igreja seria bem melhor.

Manoel do Carmo Filho é conspirador do Reino e calabora com a subversão do Genizah

O Verdadeiro Milagre de Jesus

Eliel Vieira
Quando se fala sobre “Milagres” as primeiras associações que nossa mente faz são de manifestações incríveis de autoridade e poder. No caso religioso, milagres quase sempre são tomados como intervenções poderosas de Deus no curso natural da história para fazer valer sua vontade e soberania sobre as contingências do mundo. Seja de forma explícita ou implícita, a associação entre milagre e “poder” existe na teologia e na prática cristã. Deus é poderoso, e milagres são as manifestações do sua autoridade e de seu poder em nosso benefício. Ponto final.
Partindo deste pressuposto, portanto, nada mais normal que a mesma roupagem de “poder” (mais especificamente, poder sobre) juntamente com a roupagem de “autoridade” sejam postas em Jesus sempre que se faça referência aos seus milagres. Jesus tinha autoridade e poder sobre os demônios para expulsá-los; Jesus tinha autoridade e poder sobre Satanás para negá-lo, Jesus tinha autoridade e poder sobre os fariseus para questioná-los, Jesus tinha autoridade e poder sobre a Lei para relê-la.
Lembro-me de uma antiga canção cristã (que recentemente foi regravada pela Bola de Neve) que dizia, “Autoridade e poder, o domínio em suas mãos; Pois o Senhor é rei, o Senhor é rei dos povos!”
Autoridade, poder e domínio, todas as características do “Deus de milagres” dos evangélicos. (Especifico “evangélicos” aqui pois este é o segmento do Cristianismo que mais tem enfatizado estas características divinas.) Como milagres são manifestações de autoridade, poder e domínio, ensina a teologia evangélica triunfalista, Cristo, que realizou muitos milagres, tinha autoridade, tinha poder e tinha domínio.
Agora, existe um aspecto sobre os milagres que é tão importante quanto negligenciado por aqueles que defendem a roupagem triunfalista do milagre. Antes de serem ações de poder, milagres são ações, efeitos ou ocorrências improváveis. Por exemplo, é muito improvável que um cego de nascença simplesmente comece a enxergar depois que uma pessoa passe uma mistura de terra e cuspe em seus olhos (João 9). Se isto aconteceu, então houve um milagre. É muito improvável que uma pessoa morta, sepultada a alguns dias e já fedendo simplesmente saia da sua tumba caminhando quando uma pessoa a chamar do lado de fora (João 11). Se isto aconteceu, então temos um caso de milagre. É muito improvável que sofridos leprosos fossem instantaneamente curados de sua doença quando tocados por uma pessoa (Lucas 17). Se isto aconteceu, temos outro caso de milagres nas mãos.
Mas, tente aplicar este mesmo parâmetro de identificação de milagres a ocorrências comuns do nosso dia a dia. É improvável que a dor de cabeça de uma pessoa simplesmente acabe? Não, isto é bem possível de se acontecer. É improvável que você seja promovido no seu emprego se você se esforçar para tal? Não, isto é possível (e até provável, dependendo do emprego) que isto aconteça.
Nenhuma pessoa exclama “Milagre!” quando vê ações comuns, mesmo que estas sejam “poderosas”. As pessoas exclamam “Milagre!”, na verdade, quando veem ocorrências muito improváveis, quando veem ações que tinham tudo para não acontecer, no fim das contas, acontecendo. Portanto, mais do que manifestações de autoridade, poder sobre e domínio, milagres são manifestações de grandes improbabilidades, de ações impossíveis e fantásticas.
O título deste artigo sugere apresentar o “verdadeiro milagre de Jesus”. Para que você compreenda o verdadeiro milagre de Jesus, no entanto, você precisará compreender antes duas coisas. A primeira eu acredito que você já tenha compreendido: milagres não são necessariamente manifestações de autoridade, poder e domínio; o que torna uma ação um “milagre” é alto grau de improbabilidade que esta ação tem de acontecer.
O segundo ponto que você precisa aprender e compreender é que Jesus não deu a mínima para o que consideramos como “condições necessárias” para um milagre. Jesus não deu a mínima para autoridade, poder sobre e domínio. E não apenas isto, em alguns casos ele pregou contra estas coisas.
Vamos à Bíblia. Quem ofereceu “domínio e autoridade” a Jesus foi Satanás (Mateus 4:8-9), e Jesus recusou. Jesus não negou a Satanás que este tinha mesmo autoridade, domínio e poder sobre as nações da Terra. Jesus simplesmente negou a oferta (Mateus 4:10). Mas, deixe de lado a oferta de Satanás. Jesus (por ser Deus) tinha, na verdade, poder, autoridade e domínio sobre todo o universo, e poderia ter usado todo poder e toda autoridade que lhe era de direito não apenas para convencer os judeus, mas para convencer o mundo inteiro em apenas alguns minutos da mensagem que ele estava pregando. Mas ele não fez isto. Antes, ele preferiu proibir severamente a Pedro e aos demais discípulos que contassem às pessoas que ele era o Messias (Mateus 16:20). Quando os fariseus pediram um sinal dos céus que comprovasse sua autoridade, um sinal que resolveria todos os problemas de Jesus, ele simplesmente se recusou a fazê-lo (Mateus 16:1-4). Mas, mais do que isto, Jesus disse que muitos falsos profetas viriam apresentando sinais e prodígios (Mateus 24:24).
Portanto, não apenas autoridade, poder sobre e domínio não são as coisas mais importantes em relação ao milagre. Tenha em mente, além disto, que Jesus nos proibiu que tomássemos estas coisas como importantes e ele próprio não as tomou como importantes.
Bem, agora posso propor qual foi o verdadeiro milagre de Jesus. Não tem a ver com exercício de autoridade, não tem a ver com exercício de poder sobre outras pessoas, e não tem a ver com exercício de domínio. Na verdade, o grande milagre de Jesus é uma negação a todas estas coisas. O verdadeiro milagre de Jesus é o cumulo de toda improbabilidade, é a ridicularizarão da lógica, é a loucura do Evangelho: a submissão.
Pense comigo. Qual é probabilidade de você, sendo injustiçado, estando com a razão e tendo todos os meios e os recursos para provar que está certo, simplesmente desejar não fazer uso do seu poder e, além disto, se submeter livremente a aqueles que te querem mal, deixando que eles façam com você o que você quiser? A probabilidade disto é ínfima. Agora, qual é a probabilidade do Autor do universo, detentor de todo poder e toda a autoridade nos céus e na Terra, simplesmente se submeter livremente a escárnio, dor e sofrimento, por amor de pessoas que pouco tempo depois o negariam e cuspiriam no seu nome?
Se fosse matematicamente possível eu diria que a probabilidade disto acontecer é menor do que zero, pois dizer que a probabilidade deste evento é zero é pouco. Mas Cristo fez. Sendo Deus, e tendo todo poder e toda autoridade de Deus, ele não tomou por usurpação ser como Deus, ele assumiu a forma humana. Sendo homem, detentor de sabedoria e poderes divinos, pois ainda era Deus, ele se humilhou ainda mais, até morrer. E mesmo perto da morte, tendo todo o direito e poder para aniquilar toda a criação ingrata, ele se humilhou ainda mais (Filipenses 2).
Este é o verdadeiro milagre de Jesus. O milagre da submissão, do amor incondicional, do desprendimento, do “considere os outros superiores a você”, do “prefira eles em honra além de si mesmo”, do “sirva ao invés de ser servido”, do “deseje ser o menor de todos aqui, para que sua recompensa venha dos céus”, do “o dinheiro é a raiz de todos os males”, do “é impossível amar a Deus e as riquezas ao mesmo tempo”.
O verdadeiro milagre de Jesus é uma negação do poder, da autoridade e do domínio e, consequentemente, tudo o que venha a ser relacionado com estas coisas. Jesus negou tudo que, na dor de toda incoerência, a igreja cristã tem buscado com afinco desde que começou a existir. O verdadeiro milagre de Jesus, que é a essência da loucura do Evangelho, é o serviço. O evangelho do “Hoje meu milagre vai chegar”, sinceramente, é uma blasfêmia da pior estirpe!
Eliel Vieira, que não acha que devemos buscar a Deus pelos milagres, mas pelo o que Ele é, e que também acha que esta ganância por milagres já ultrapassou o limite do que pode ser considerável "erro sincero", escreveu para o Genizah

Revelações de tortura levam mulher de advogado preso a agir

1/2/2011 – 06:30:00 – China(16º) – Geng He, a esposa do advogado de direitos humanos desaparecido, Gao Zhisheng, está cobrando respostas do governo chinês mediante as novas notícias de tortura sofridas por seu marido.

Depois de consultar Geng nos Estados Unidos, onde ela vive em exílio, a agência Associated Press (AP, sigla em inglês) divulgou, em 10 de janeiro último, uma …

Imagine se tivéssemos a coragem deste bispo que se opôs ao Terceiro Reich

Imagine se tivéssemos a coragem deste bispo que se opôs ao Terceiro Reich

26 de janeiro de 2011 (Notícias Pró-Família/Breakpoint.org) — No começo desta semana, lhes contei a história de Lothar Kreyssig, o juiz alemão protestante que desafiou o programa do Terceiro Reich de livrar a Alemanha do que chamavam de “vidas indignas de viver”.
Mas embora Kreyssig tivesse sido uma exceção, ele não estava sozinho.
Clemens August Graf von Galen era o Bispo de Muenster. Ele se tornou bispo em 1933, no mesmo ano em que Hitler chegou ao poder, e desde o início ele dificultou a vida para as autoridades nazistas.
Ele se opunha às políticas do Reich na educação e seus ataques à liberdade religiosa. Quando outros estavam fazendo tudo o que podiam para evitar provocar os nazistas, von Galen partiu para a ofensiva retórica: Ele zombava da ideologia nazista e defendia a autoridade do Antigo Testamento contra os ataques nazistas.
Mas o confronto mais importante de von Galen com o regime ocorreu por causa do programa Ação T4 — a campanha nazista para eliminar os deficientes físicos e mentais. Em 1941, a perseguição nazista aos católicos, a qual incluía enviar milhares de padres para campos de concentração, havia feito com que importantes prelados alemães, conforme o historiador Richard Evans descreveu, “mantivessem a cabeça baixa”.
Mas à medida que mais e mais pacientes deficientes estavam sendo assassinados, manter a cabeça baixa se tornou equivalente à cumplicidade com a maldade. Além disso, como von Galen percebeu, era fútil — porque os nazistas iam perseguir a Igreja Católica, de todo jeito.
Portanto, em julho e agosto de 1941, ele deu uma série de sermões que denunciavam o regime nazista. Ele disse para o povo alemão que se os deficientes podiam ser mortos com impunidade, “então o caminho está aberto para o assassinato de todos nós, quando ficarmos velhos e fracos e assim improdutivos”. Se dava para um regime desprezar o mandamento contra o assassinato, dava também eliminar os outros nove mandamentos”.
Os sermões provocaram sensação internacional: Cópias foram enviadas para os soldados alemães nas linhas de frente; a BBC leu trechos no ar. O líder nazista local exigiu que von Galen fosse executado. A irmã do bispo, uma freira, foi detida e trancada no porão do convento, do qual ela escapou subindo e saindo pela janela.
O próprio von Galen esperava ser martirizado. Mas algo extraordinário ocorreu: Os nazistas recuaram. Os sermões do bispo estimularam o público: enfermeiras e assistentes hospitalares começaram a obstruir o programa. Então, Hitler decretou uma ordem suspendendo que adultos deficientes fossem mortos nas câmaras de  gás.
Embora os nazistas tivessem continuado a matar os deficientes, principalmente as crianças, eles mataram menos e faziam todo o possível para esconder o que faziam. Conforme Evans escreveu, não fosse pelas ações de von Galen, os nazistas teriam prosseguido sem impedimentos em sua meta de livrar a sociedade alemã “daqueles que continuavam a ser um peso sobre ela”.
Von Galen viveu mais do que o Terceiro Reich, mas não muito: logo depois de ser feito cardeal em 1946, ele morreu de uma infecção de apêndice. Mas ele não foi esquecido: em 2005, ele foi beatificado pela Igreja Católica. Em termos católicos, isso faz dele o “Bendito Clemens von Galen”. Mas somos nós que somos abençoados com exemplos como o dele e o de Lothar Kreyssig. Eles assumiram a postura de defender a vida em circunstâncias difíceis que não podemos imaginar e forçaram uma ditadura demoníaca a recuar.
Imagine o que poderíamos realizar hoje com o tipo de compromisso e coragem deles.
Este artigo foi reproduzido com permissão de breakpoint.org
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
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Combate à Homofobia é Justo, Mas não Apologia, diz Deputado

Na polêmica das cartilhas de combate à homofobia conhecidas como “kit gay,” o deputado Eduardo Cunha falou ao The Christian Post sobre a possibilidade de isso virar apologia à diversidade sexual entre alunos.

A religiosidade popular e o cangaço em clássicos da literatura com novo design

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Uma sugestão de leitura bem agradável para este finzinho das férias vem com o toque especial do escritor paraibano José Lins do Rego. Com novo…

Filme Online – Twelve – Vidas Sem Rumo (dublado)

Em Twelve Vidas Sem Rumo Spring Break, férias no Upper East Side de Manhattan. A elite dos estudantes de Nova York tem tempo livre e dinheiro para gastar. Twelve é a história de White Mike um fornecedor dos privilegiados. Enquanto sofre pela morte recente e sua mãe e luta com sua inabilidade para expressar seu amor por Molly (Emma Roberts), seu primo é brutalmente assassinado, seu melhor amigo é preso pelo crime e tudo chega a um final violento em uma lendária festa de 18…
– Folha Renascer Comunicações – www.folharenascer.co.cc

O naufrágio do Titanic

Quando pensamos em eventos que ocorreram na história durante os últimos 100 ou 200 anos, percebemos certos acontecimentos que se destacam como os de grande horror, grande surpresa e grande tristeza. Dos muitos que vêm à mente o mais devastador foi a destruição do World Trade Center, em Nova York, e do naufrágio do Titanic.
As […]

…Assim como Nós Temos Perdoado aos Nossos Devedores – R. C. Sproul


Visto que o homem é salvo pela graça, qual melhor evidência poderia haver da salvação de um ser humano do que quando ele oferece aos outros a graça que ele mesmo recebeu com tanta generosidade? Se essa graça não é aparente em nossas vidas, podemos questionar de maneira válida a genuinidade de nossa própria alegada conversão.
Devemos levar Deus a sério quanto a este ponto. Em Mateus 18.23-35, Jesus contou a história de dois homens que deviam dinheiro. Um deles devia aproximadamente dez milhões de reais, e o outro devia cerca de dezoito reais. Aquele que devia os dez milhões de reais teve a sua dívida perdoada pelo homem a quem devia o dinheiro. Mas o devedor, por sua vez, não quis perdoar o homem que lhe devia a soma ridícula de dezoito reais. E bastante interessante que ambos os homens pediram a mesma coisa – mais tempo – e não o perdão da dívida total.
Foi cômico o indivíduo que devia a quantia exorbitantemente elevada pedir mais tempo para pagar a sua dívida, visto que até mesmo pelos padrões de salários atuais, a quantia que ele devia perfazia uma figura astronômica. 0 salário diário da época era, aproximadamente, dezoito centavos por dia. 0 homem com a pequena dívida poderia ter pago a sua dívida em três meses. Seu pedido por mais tempo não foi descabido, mas seu credor, em lugar de expressar o mesmo perdão que já tinha recebido, começou a apertá-lo. 0 ponto deve estar claro. Nossas ofensas que outras pessoas cometem contra nós são como uma dívida de dezoito reais, ao passo que as inúmeras ofensas que temos cometido contra o Senhor Deus onipotente são como a dívida de dez milhões de reais.
Jonathan Edwards, em seu famoso sermão, intitulado “A Justiça de Deus na Condenação dos Pecadores”, disse que qualquer pecado é mais ou menos hediondo, dependendo da honra e da majestade daquele a quem tivermos ofendido. Visto que Deus é dotado de honra infinita, majestade infinita e santidade infinita, o pecado mais leve tem uma consequência infinita. Pecados aparentemente triviais são nada menos do que “traição cósmica” quando vistos à luz do grande Rei contra quem temos cometido nossos pecados. E assim, tornamo-nos devedores que não podem pagar, e, no entanto, temos sido liberados da ameaça da prisão merecida pelos devedores. É um insulto contra Deus retermos o perdão e a graça daqueles que os solicitarem a nós, ao mesmo tempo em que reivindicamos ter sido perdoados e salvos por meio da graça divina.
Há um outro ponto importante a considerarmos aqui. Até mesmo em nossos atos de perdão, não temos qualquer mérito. Não podemos exigir o perdão meramente por que temos demonstrado perdão para alguma outra pessoa. 0 perdão que dermos a alguém não obriga Deus a abençoar-nos. O trecho de Lucas 17.10 claramente salienta que não há qualquer mérito mesmo em nossas melhores boas obras: “Assim tam¬bém vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”.
Nada merecemos pela nossa obediência, porquanto a obediência – mesmo que chegássemos à perfeição – é o requerimento mínimo para alguém ser um cidadão do reino de Deus. A obediência é o nosso dever. A única coisa que poderíamos reivindicar seria a ausência de punição, mas certamente não mereceríamos nenhuma recompensa, por termos feito somente aquilo que era esperado de nossa parte. A obediência nunca qualifica como serviço “acima e além da chamada para o dever”. Estamos meramente em uma posição de nos prostrarmos diante de Deus e implorar pelo Seu perdão. Mas, se assim tiver de acontecer, devemos estar preparados para mostrar que sabemos perdoar; de outro modo, nossa posição em Cristo se inclinará na direção do tombamento de modo precário. A linha de conclusão daquilo que Jesus estava dizendo é esta: “As pessoas perdoadas perdoam outras pessoas”. Não ousaremos reivindicar-nos possuidores da vida de Cristo e de Sua natureza, ao mesmo tempo em que falharmos de exibir essa vida e essa natureza.
Levando mais adiante ainda esse pensamento. Se Deus perdoou a alguém, poderíamos nós fazer menos do que perdoar? Seria incrível pensarmos que nós, que somos tão culpados, nos recusaríamos a perdoar alguém que foi perdoado por Deus, e que, portanto, é completamente inocente. Devemos ser espelhos da graça para outros, refletindo aquilo que nós mesmos temos recebido. Isso implementa a Regra Áurea em termos práticos.
O perdão não é uma questão particular, mas uma questão coletiva. O    corpo de Cristo é um grupo de pessoas que vivem diariamente no contexto do perdão. O que nos distingue é o fato que somos pecadores perdoados. Jesus chamou a nossa atenção não somente para os elementos horizontais existentes nessa petição, mas também os elementos verticais. Devemos orar todos os dias pelo perdão de nossos pecados.
Alguém poderia indagar neste ponto: “Se Deus já nos perdoou, por qual razão deveríamos pedir perdão? Não é errado pedir por algo que Ele já nos deu?” A resposta final a perguntas semelhantes a essa será sempre a mesma. Fazemos assim por causa dos mandamentos de Deus.
1       João 1.9 salienta que uma das características do crente é o seu contínuo pedido de perdão. O tempo verbal, no original grego, indica um processo em andamento. O perdão separa o crente como uma criatura diferente das demais. O incrédulo tenta esconder a sua pecaminosidade, mas o crente é sensível para com sua falta de valia. A confissão toma uma porção significativa de seu tempo de oração.
Pessoalmente penso ser um tanto assustador pedir perdão a Deus, na mesma extensão em que temos perdoado a nossos semelhantes. É quase como pedir justiça da parte de Deus. Costumo advertir meus alunos: “Não peçam justiça da parte de Deus. Vocês poderão obtê-la”. Se Deus, de fato, me perdoasse na exata proporção em que me disponho a perdoar outras pessoas, tenho medo de que estarei em profunda dificuldade.
0 mandato para perdoarmos a outras pessoas, conforme temos sido perdoados, aplica-se também à questão do auto-perdão. Quando confessamos nossos pecados a Deus, contamos então com a Sua promessa de que Ele nos perdoará. Infelizmente, nem sempre acreditamos nessa promessa. A confissão requer humildade em dois níveis. 0 primeiro nível é a admissão real de culpa; o segundo nível é a aceitação humilde do perdão.
Um homem perturbado diante do problema do senso de culpa, veio a mim certo dia e disse: “Já pedi de Deus que me perdoasse desse pecado por muitas e muitas vezes, mas ainda me sinto culpado. Que poderei fazer?” Essa situação não envolvia a múltipla repetição do mesmo pecado, mas a múltipla confissão de um pecado cometido por uma só vez.
Repliquei: “Você deve orar de novo e pedir que Deus lhe perdoe”. Um olhar de impaciência frustrada se estampou em seus olhos. “Mas eu já fiz isso!” exclamou ele. “Tenho pedido que Deus me perdoe, por muitas e muitas vezes. Que bem me fará se eu Lhe pedir isso de novo?”
Em minha resposta apliquei a força firme e proverbial do cacete na cabeça da mula: “Não estou sugerindo que você peça a Deus que lhe perdoe por esse pecado. Estou sugerindo que você busque perdão por sua arrogância”.
O homem ficou incrédulo. “Arrogância? Que arrogância? 0 homem estava supondo que suas repetidas solicitações eram uma prova positiva de sua humildade. Ele estaria tão contrito diante de seu pecado que sentia que tinha que arrepender-se do mesmo para sempre. Seu pecado era grande demais para ser perdoado por uma única dose de arrependimento. Que outros se satisfizessem com a graça divina. Quanto a ele, ele haveria de sofrer por seu pecado, sem importar quão gracioso Deus se mostrasse. O orgulho tinha fixado uma barreira na aceitação daquele homem do perdão de Deus. Quando Deus nos promete dar o perdão, insultamos a integridade do Senhor quando nos recusamos a aceitar o Seu perdão. Perdoar a nós mesmos depois que Deus nos perdoou é um dever, bem como um privilégio.

Más e Boas Notícias

As más notícias são: há um caminho longo, árduo e, por vezes, enfadonho, por este Vale de Lágrimas.
E, vê bem, é um caminho, não uma corrida.
As boas notícias são: não estamos sós nesta peregrinação exigente, o que significa que algumas das pessoas com quem fazemos a viagem são grandes modelos a seguir.
Por isso, segue-os!
Charles R. Swindoll – Ria de Novo