“Uma chama na escuridão” é daqueles filmes que não são para serem esquecidos. A produção de Mike Pritchard, lançada em 1998, conta a história de William Carey, “O pai das Missões Modernas”. Nas cenas com excelente fotografia e produção de arte é possível tomar conhecimento do que é a certeza de ser chamado por Deus. Mesmo contra a opinião daqueles a sua volta, Carey partiu para a Índia, em 1793, para pregar a Palavra de Deus. Muitas são as dificuldades, mas nada o impede de perseverar. Ficou conhecido como “O amigo da Índia” e “ficou encarregado de traduzir mais versões da Bíblia do que haviam sido feitas durante a história do cristianismo até aquela época”.
Vale a pena ver o filme pela lição de compromisso com Deus. Carey não comeu “o pão que o diabo amassou”, mas engoliu a seco o “pão da adversidade”. Perder um dos filhos e mais tarde a esposa. Um incêndio consumiu anos de trabalho de tradução e pesquisa. Por seis anos, ninguém se converteu com suas pregações. Porém, um dia ele percebeu que não era para isso que Deus o enviara ali. A literatura era o caminho. Traduziu o livro de Mateus para o benghali, língua falada na região. É quando acontece a primeira conversão. Indignado com o que viu, contribuiu para abolir o “Sati”, prática tradicional onde a esposa era queimada viva junto do marido sem vida. As cenas onde realiza a impressão das primeiras páginas sagradas em benghali, por sua simplicidade, improviso e satisfação são fantásticas. O momento mais doloroso é quando Carey aparece fazendo a cruz que estaria sobre o túmulo do filho.
“Uma chama na escuridão” é daqueles filmes que não são para serem esquecidos. Preste atenção à cena em que Carey expressa para a esposa o seu chamado, ainda sob a dor da perda do filho, tendo em mãos um candelabro com uma vela acesa. É quando o filme fala de si mesmo. O longa conta de forma convincente e encantadora a história de “uma vida dedicada a Deus e obediente a sua chamada pode fazer diferença profunda no mundo”. Assista!