Minha religião

Depois de passar 5 anos fora do convívio institucional da igreja, sem o peso de ter que defender algum credo específico, ou bandeira de denominação, aprendi a ser mais tolerante com os outros. Sejam eles de fé evangélica, católica, ou de confissões não cristãs, todos passaram a ser seres humanos acima de tudo pra mim.
Jesus não cansava de se auto denominar “filho do homem”! Pra mim, isto é uma prova forte do caráter humano do Senhor. Ele não se dizia “filho de abraão”, como os judeus mais fundamentalistas gostavam de bradar, nem ficava arrotando ser o “Filho de Deus”, como vejo evangélicos fazendo hoje.
Ele simplesmente dizia assim: eu sou um ser humano!

Lastimável perceber que muitos entre nós perde oportunidades de amar, de respeitar, de demonstrar sentimentos de consideração ou afeto sendo cerceado por uma linha delimitadora religiosa, que impede de abraçar um gay, entrar num bar ou participar de um culto num templo de outra religião.

Quer saber qual é a minha religião?
Faço coro com Jesus e declaro que sou “humano”!

As religiões querem nos adotar para se gloriar em números através de seu demoníaco proselitismo. Deus quer nos adotar para personalizar em nós a perfeita varonilidade, que é a manifestação da vida de Jesus.
Como pequenos cristos, não podemos nos permitir ser impedidos de apresentar ao mundo a identificação do Pai com todos os seres humanos, não importando as diferenças entre nós.

Antes que possam achar que eu sou uma espécie de espiritualista, declaro que sou pastor e possuo orientação teológica cristã evangélica, mas quanto mais busco, quanto mais penso e aprendo, tanto mais me sinto conduzido pela vida de Cristo em mim a amplificar meus horizontes no que diz respeito a abraçar e amar o mundo dos humanos.

rafa,
na revolução

[http://amigodonoivo.blogspot.com/2011/01/minha-religiao.html]

Porta estreita… caminho apertado (E não há outra opção)

Por Daniel Clós CesarExiste uma porta estreita. Não há um único cristão que negue isso. Qualquer um, por mais "perdido" que esteja, conhecendo a doutrina (ainda que não creia em doutrina) tem essa informação… ainda que não entenda o que isso quer dizer… ele sabe… para entrar, precisa passar pela porta… e ela é estreita.Mas e o caminho que conduz até essa porta?Aparentemente, parece que[http://www.pulpitocristao.com/2011/01/porta-estreita-caminho-apertado-e-nao.html]

Será que eu realmente amo a Deus?

 

Alan Brizotti



“Deus, eu não te amo; nem mesmo quero amar-te. O que quero é querer amar-te” (Teresa de Ávila)

Hoje tomei coragem para abrir uma das gavetas fechadas da assim chamada minha teologia: a gaveta das relações. Nela encontrei uma questão intrigante: eu realmente amo a Deus? Como humano que sou, engatinhando no chão sedutor do amor, posso oferecer a Deus aquilo que é parte constituinte de seu próprio ser?
Como é essa coisa de amar a Deus? É troca de afetos? É espiritualidade de absorção? É uma espécie mascarada de desejo? Amo a Deus como teólogo reagindo à ideia/Deus? Como filósofo vasculhando o território convidativo do mistério? Como os poetas sentem…
É possível amar a Deus mesmo sabendo que meu amor é aprisionado à tendência de enxergá-lo no perigoso campo da imaginação? O que eu amo é Deus ou o rosto ocidentalizado que a arte insiste em pintar barbudo, branco e senil? Ou seu avatar louro e de olhos azuis, na tentação europeia? Amo o Deus das representações africanas, às vezes chocantes ao imaginário misturado dessas bandas de cá do mundo?
Não tenho respostas – nem as quero – elas não podem amar também. Talvez essa seja justamente minha estranha forma de amar a Deus: tateando na escuridão, procurando sinais de rosto oculto na tela confusa do cotidiano. Talvez isso seja amar…
Amo a Deus como amo meu filho? Como amo minha mulher? Será que alguém consegue amar a Deus no nível agigantado do triunfalismo das religiões? Admito certa relutância com gente que bate no peito e, infectado pelo vírus de todas as certezas, grita aos quatro ventos: “Eu te amo, ó Deus!” Será?
Procuro amar. Busco um amor realista. Simples. Amável. Parecido com o amor de um poeta japonês ao escrever para sua esposa em suas “bodas de ouro”: “Cinquenta anos casado com a mesma mulher: o amor é horrível!”


Não amo, ainda, mas sigo…

Alan Brizotti, pensando alto aqui no Genizah

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